Há tantos anos que não ia a um casamento que até me tinha esquecido de todos os costumes tradicionais…este fim de semana fui a um casamento muito especial…e recordei muito de mim…momentos muito vivos…loucos…intensos…reencontrei seres que ADORO!!! Por tudo o que vivemos e partilhámos juntos…e até recordei o meu próprio casamento…como foi tão intenso…e tão especial, divertido e gratificante. Mas este casamento que vivemos no Sábado foi de uma menina que quando conheci não acreditava, vivia obcecada por trabalho e apenas isso…obrigações, problemas, deveres…vivia carregada com o mundo às costas…via o mundo a preto e cinza…tudo lhe acontecia…parecia viver a vida como se tivesse o dobro da sua idade…via a vida como alguém muito conformado e ressentido…mas ao longo do tempo fui tempo o privilégio de ver esta menina a descobrir que é apenas uma menina!!! E linda cheia de profundidade e criatividade a dar a este mundo e principalmente a si mesma e à sua vida…hoje é feliz!!! Acredita!!! É livre e louca por viver o seu dia a dia cheio de cor e vida!!! Simplesmente porque sim!!! Permite-se viver, sonhar e concretizar as suas loucuras e… casou com um Ser muito querido!!! Estão e são felizes!!! E eu estou de coração cheio!!!
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Nos últimos dias tenho tido o privilégio de me deparar com várias realidades distintas… aqui descrevo apenas duas e o que no que me fez pensar… Estive com uma Sra. velhinha que chorava pelas prateleiras vazias do seu supermercado devido a uma promoção doida que levou toda a gente a levar tudo… e agora as suas pernas e saúde não a permitem ir mais longe para adquirir o que precisa para si…dizia ela: “eu só precisava do suficiente para hoje…não só porque é só o que consigo levar como também tenho de pensar nas outras pessoas…” Estive com “gente do campo” de uma parte de Portugal que pouco visito, pelo menos até hoje :), e como se sente a paz, sabedoria e humildade destes seres tão simples e presentes…conscientes, seres com memória sábia da vida da sua terra e dos seus antepassados…e em conversa diziam: “perdemos a noção do que é o suficiente e pagaremos essa inconsciência” Em tempos “o suficiente” tinha a sua natureza no bom senso…o suficiente era o respirar, a boa saúde para poder disfrutar da vida, cuidar e usufruir da Terra, o amar, tocar e fazer Amor expandindo o melhor de nós, personificando esse Amor num filho e responsabilizar-se por aprender e ensinar tudo o que sabe a essa sua maravilhosa criação…da Natureza se retirava o suficiente com o maior respeito pela sua abundância e com tudo se usava a criatividade…para criar a sua casa, instrumentos, roupa e até adereços, a gratidão era tão abundante e consciente apenas por poder estar, observar, criar, ser e viver. O que proporcionava um campo de visão igualmente Abundante e Consciente. Com a “evolução”do ser humano, “o suficiente” perdeu a sua natureza de bom senso…e passou a ser apenas algo fútil, sem qualquer verdade ou genuinidade…máscaras atrás de máscaras fundamentadas em não verdades e futilidades…ao comparar com os dias de hoje, “o suficiente” passou a ser um casamento(como instituição), uma boa casa (e sempre linda e arrumada, se possível bem grande), um carro (sempre cada vez melhor, para mostrar que está bem na vida), um emprego certo ( de preferência com um “dtr.” Ou “eng.” Antes do seu nome natal), um filho (se possivel com entrada imediata no berçário), dinheiro suficiente para subsidiar a formação obrigatória de “dtr.” Ou “eng.” para essa criança (num formato educacional industrial sem qualquer respeito pela criatividade e originalidade de cada um, onde é ensinado que o certo é ser cinzento e não infinitamente colorido), um frigorifico e congeladores sempre cheios e a abarrotar (de preferência com comidas caras e rápidas para não perder tempo a cozinhar), imensas roupas e adereços (que sejam bem caros e apreciados por aqueles que têm mais do que “o suficiente”….e por aí fora….todo este sistema de dependências ilusórias…criou seres “mortos”…que vivem o seu dia a dia numa roda viva de prioridades vazias…insatisfeitos…julgadores…irresponsáveis, pois a culpa é sempre do outro, dos outros, do governos, do sistema, do tempo…frustrados…tudo exigem…nunca nada é o suficiente…tudo criticam e nada solucionam…está finalmente a chegar ao seu fim todo este sistema…que todos criámos e criamos ainda no nosso dia a dia pelas escolhas que ainda fazemos… …doa o que doer a transformação será feita…vivida…toda a escolha tem a sua consequência… feliz ou infelizmente o Ser Humano só se permite aceder à sua maior humildade e consciência quando sente, vive a sua maior dor… seja física ou emocional...só aí se centra…tudo perde importância apenas o que sente é o seu foco…e na dor pede ajuda…no limite se torna receptivo e presente… Não tem de ser assim…somos TÃO MAIS DO QUE VEMOS!!! Mas acredito que a medida de “suficiente” da Vida e Universo são sempre justas, por isso mesmo sinto e acredito que todos temos o “suficiente”do que precisamos (seja o que fôr e na intensidade que fôr) para acedermos à nossa consciência e Verdade nesta nossa Vida pela Terra. A medida certas dos opostos até ao Equilibrio. Acredito que TUDO É POSSÍVEL!!! Porque acredito muito no MARAVILHOSO E PODEROSO PODER DA MÃE NATUREZA “FORA” E DENTRO DE NÓS. Aqui partilho um desabafo de há tempos muito sentido... "Hoje estou cansada…cansada da falta de compromisso…cansada…de remar…hoje vou-me permitir…apenas boiar…flutuar… …cansada da falta de compromisso…desde as coisas mais simples e banais às mais complexas…como quando se diz que se vai e não vai…quando se assume algo e na hora nada se assume…quando se diz uma coisa e faz-se outra…quando se sente uma coisa e diz-se outra… …falta de compromisso…para com a verdade…falta de compromisso para com a vida…a fé…a energia que nos move…falta de compromisso para com a energia e vida que nos foi dada…e nos é dada a cada segundo… …falta de compromisso como Ser…ser criativo…tanta falta de responsabilidade pessoal…em prol de apenas desculpas…conforto…acomodação…ilusão…medo…futilidades… …cansada… Hoje vou apenas permitir-me boiar…mergulhar…nadar…nas minhas lágrimas…que se juntam com as lágrimas dos seres mais puros das nossas tribos originais…aqueles que choram genuinamente quando lhes é contado que no nosso mundo morrem milhares de pessoas sem sequer saberem o que amam fazer…sem sequer fazerem e semearem na terra a magia que vive dentro delas… Hoje apenas me vou permitir boiar…nas águas daqueles que choram a impotência… a frustração…não por vitimização…mas porque sentem a vida nas veias…em cada célula e poro do seu corpo…sentem toda a sua responsabilidade e criatividade…tudo fazem com todo o amor, dedicação e entrega…mas parece não chegar…o ser humano vive “morto” e nem se apercebe…e… tudo “mata”… …cansada… Hoje estou cansada até do meu brutal optimismo natural e da minha incessante fé…estou a escrever este desabafo e a sentir “isto passa…tudo passa…amanhã brilhará um novo sol e novas estrelas também ganharão o seu lugar”…. Hoje estou até cansada do ser que sou…sempre a criar…sempre a acreditar…sempre viva e atenta… Hoje vou apenas permitir-me boiar…mergulhar…nadar…fundir…nas lágrimas e nos sábios sorrisos dos mais sábios e humildes seres que se entregam de corpo e alma ao equilíbrio de tudo…nas nossas florestas mais densas...nas montanhas mais altas…nos mares mais profundos…o fogo da vida…ninguém os vê…tanto vos admiro…tanto tenho a aprender…tantas saudades tenho vossas neste corpo…" |
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