O costume de "enfeitar" árvores é mais antigo que o próprio Natal. Já antes de Cristo praticamente todas as culturas e religiões pagãs usavam "enfeites" em árvores celebrando a fertilidade da natureza, em forma de as honrar e agradecer. Poderia ser uma fitinha colorida, um pedaço de tecido de uma peça de vestuário especial, um cristal, uma pedra ou abraçavam-nas, também falavam, cantavam e tocavam para elas. Havia uma maior consciência activa da sua importância, de tudo o que são e simbolizam em história, sabedoria e memória divinas.
Nas vésperas do solstício de inverno é comum honrar as árvores de folha persistente, ou seja, que mantém o seu verde pelo duro Inverno. A preserverança da Vida sob a Morte. A partir do Solstício o Sol ficará cada vez mais forte até ao seu auge no Verão. Que assim seja com a verdade da nossa essência pelos Invernos da Vida, que tenha sempre a humildade de mergulhar bem fundo, a humildade de se olhar e transformar para se permitir crescer rumo ao Sol de Verão. Sombra e Luz sempre necessárias ao nosso crescimento pelas nossas estações do ano, dentro e fora ;) Antigamente era muito mais comum o plantar de árvores, diz-se que por cada criança que nascia eram plantadas 5 árvores, em celebração e gratidão pelo momento e para assegurar que na idade adulta da criança, pelo menos 2 dessas árvores garantiriam a construção da sua casinha, o seu doce e simples abrigo. Diz-se que plantavam árvores e realizavam festivais e rituais em sua honra, ligavam as árvores a entidades mitológicas, a sua projeção vertical desde as raízes fincadas no solo, marcava a simbólica aliança entre o pai céu e a mãe terra. Acrescento que marcava e marca essa ligação, desde sempre. Navegando um pouco pela internet, vejamos as curiosidades curiosas que encontramos: (...) "Na Assíria a deusa Semiramis havia feito uma promessa aos assírios, de que quem montasse uma árvore com enfeites e presentes em casa no dia do nascimento dela, ela iria abençoar aquela casa para sempre." (...) Os romanos adornavam as árvores em honra de Saturno, que era o seu Deus da agricultura. No Egipto era hábito, no solstício de Inverno, trazerem ramos verdes para dentro das suas casas, como forma de celebrarem a vitória da vida sobre a morte. O cedro se associava a Osíris. Os gregos ligavam o loureiro a Apolo, o abeto a Átis, a azinheira a Zeus. Os germânicos colocavam presentes para as crianças sob o carvalho sagrado de Odin. Os druidas Celtas, em épocas festivas, decoravam os carvalhos com maçãs douradas. (...)" (...) "No início do século XVIII, o monge beneditino São Bonifácio tentou acabar com essa crença pagã que havia na Turíngia, para onde fora como missionário. Com um machado cortou um pinheiro sagrado que os locais adoravam no alto de um monte. Como teve insucesso na erradicação da crença, decidiu associar o formato triangular do pinheiro à Santíssima Trindade e suas folhas resistentes e perenes à eternidade de Jesus. Nascia aí a Árvore de Natal.” (...) (...) “Acredita-se também que esta tradição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta." (...) Recordemos e acordemos o essencial em consciência e criatividade. Nádia Nadzka
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Inverno. O tempo profundo do recolher, do cuidar do nosso interior mergulhando nas noites mais longas e escuras, de dentro e fora. O vento forte trás e leva memórias necessárias ao momento de morte, libertação e cura, as fortes chuvas entram bem dentro da terra, das raízes de dentro e de fora, limpando e nutrindo. A tempestade traz tudo o que não controlamos e abissalmente transforma com o seu raio e trovão. O frio leva-nos a sentir o nosso corpo, traz-nos ao presente e faz o sangue correr. Inspira-nos a procurar o fogo, o quente, o amor, o abraço, o silêncio, o genuíno.
Inverno. Tempo mágico de cura natural, dentro e fora. Por Natureza amo cada estação mágica que temos o privilégio de viver em nós com e na Mãe Terra, o Inverno é a estação que A Vida me ensinou a amar calorosamente em forma de um mergulho bem intenso, profundo, calmo e apaixonante. Do fundo do coração, de "lágrimas nos olhos e fogo no peito", desejo que cada um de nós se entregue à Magia desta estação que tanto nos despe, rasga, desnuda, cura, tanto nos nutre, tanto nos vaza e preenche concebendo assim as maravilhosas sementes do ciclo vindouro. Que assim seja. O Solstício de Inverno ou Yule, neste anel de tempo a que a maior parte de nós chama de 2016, celebra-se a 22 de Dezembro. Celebra-se o nascimento da Luz na noite mais escura, é a celebração do renascimento. Um momento muito especial e poderoso no ciclo anual do nosso planeta, marca o dia mais curto do ano, a noite mais longa do ano e o início do Inverno. A partir desse dia o sol nasce cada vez com mais força para chegar ao seu auge no Solstício de Verão. Agora é o tempo de percepcionarmos as realidades mais subtis na Mãe Terra, na força e energia dos seus elementos e também no mundo das Estrelas, um preciso e precioso mergulho mágico e assertivo. Em nós, no outro e no Todo. "A noite mais longa do ano, o momento de quietude antes do movimento, quando o próprio tempo pára e o fôlego da natureza está em suspenso. aguardamos o amanhecer, a Grande Roda Cósmica pára e recomeça e com ela a Grande Deusa dá à Luz o Sol criança, iniciando mais uma vez um novo ciclo de aumento dos dias de calor. Esta festividade não é um começo de uma forma linear, mas sim parte de um ciclo. Bem profundo na terra e dentro de nós, raízes têm vindo a crescer trazendo estabilidade. Lá fora o mundo tem vindo a escurecer e a introspecção a aumentar...mas há aqui uma mudança de direcção, a partir de agora os dias crescem. Fazer parte deste ciclo quer dizer que podemos trazer a nossa sabedoria interior para fora do escuro inconsciente, trazê-la "à luz do dia", para que cresça com a Luz. É tempo de fazer nascer a nossa visão, nomear os nossos sonhos e tomar resoluções para os meses vindouros. O ano que esteve em gestação dentro do ventre da Grande Mãe desde o Samhain, renasce agora e o caminho está preparado para o crescer da actividade e expansão no mundo exterior. O Solstício de Inverno é uma oportunidade para sair da hibernação, ser amável, generoso e sociável. Celebrem-se uns aos outros e o facto de estarem vivos. Reúne-te com os teus entes queridos e experência pertencer ao Todo, faz coroas de plantas perenes para representar a eternidade da vida. Lev" retirado da Agenda Lunar Foice de Prata Abraço-vos com muito Amor e Fé na Natureza "de dentro e de fora" <3 Um Mágico Mergulho para Todos Nós e um Próspero, Profundo e Quente Inverno. |
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